domingo, 23 de novembro de 2008

COM MEUS BOTÕES



Um divulgador da vida
Zezé Esteves

Estamos vivenciando a era das transformações. Estas transformações ocorrem de forma acelerada, principalmente no campo das Ciências e da Tecnologia. São transformações que precisam ser levadas ao conhecimento do público de forma que este possa entendê-las com facilidade. O cientista não consegue cumprir bem este papel, pois detém o conhecimento técnico científico, mas utiliza-se de uma linguagem rebuscada, complexa ou técnica, de difícil assimilação para o público não especializado.

Surge assim o Jornalismo Científico que é um ramo da atividade jornalística com a finalidade de divulgação de temas de cunho científico de maneira que o público mesmo leigo tenha facilidade de entendimento sobre determinado assunto relacionado à Ciência. Para tal, o jornalista precisa ter um conhecimento detalhado, macro, especializado, para que possa abordá-lo com segurança.

Jornalista Científico, portanto, é o profissional apto em divulgar temas das áreas do conhecimento científico, como biologia, zoologia, química, física e outros, que podem variar do mais simples ao mais complexo.

O Jornalista Científico além do papel de divulgador de ciência, tem a oportunidade de se transformar em educador e de apresentador do mundo e suas descobertas sob uma ótica mais simples. Deve ser capaz de levar seus leitores a uma reflexão crítica do que lhes é apresentado e não somente à sua aceitação.

É um tipo de comunicador especializado que mais evolui nos últimos anos, apesar da demanda no Brasil ser ainda muito pequena em relação ao seu quadro populacional e aos outros países.

Em um país rico de recursos naturais e culturais, a sociedade brasileira ainda não encontra na Ciência atrativos suficientes para incorporá-la no seu campo de conhecimento, apesar de haver um considerável crescimento nos últimos 17 anos no campo do Jornalismo Científico no Brasil, todavia muito aquém do ideal. Publicações especializadas como a Revista Super Interessante, Vida e Saúde e outras, apontam para o despertar da consciência brasileira em torno do conhecimento científico.

Cabe a cada de nós, seja como cidadão comum seja como profissional de jornalismo, descer do trono de meros observadores da ciência para nos transformar em transmissores de informações científicas, quer jornalistas especializados ou não. Fazer das observações científicas um aprendizado e prática diária, sejam no seio familiar, profissional, no meio ambiente e até mesmo para entendermos melhor os fatores sócio-econômicos e o mundo no qual estamos inseridos. Quer pela própria contextualização enquanto seres racionais ou por necessidade de sobrevivência da espécie, ora bombardeada e ameaçada por inúmeras informações inúteis e vazias, infelizmente, na sua maioria transmitidas por nós jornalistas, formadores de opiniões e sujeitos da história.

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