
De acordo com o chefe de inteligência da Anvisa, Adilson Batista Bezerra, uma denúncia chegada ao órgão dava conta de que a empresa estaria falsificando e contrabandeando produtos médico-hospitalares, o que não foi confirmado pelos agentes. Em compensação, ao observar a documentação da empresa, foi descoberto que a mesma funciona há 2 anos sem a devida autorização da Anvisa. "Além de não ter autorização, encontramos produtos sendo comercializados normalmente com o prazo de validade vencido. Alguns venceram em 2002, o que é um absurdo", revelou.
Além disto, ainda segundo Adilson Bezerra, alguns produtos estavam sem identificação de fabricante, fornecedor e até de prazo de validade. "Estamos apreendendo o material, que servirá como fonte de investigação e logo após será incinerado. Além disso, lacraremos a empresa, pois se não há a autorização de funcionamento não tem como ela continuar aberta", frisou.
Os agentes também estiveram no Hospital de Traumo e Ortopedia (HTO), que é um dos clientes da Tecnotrauma e onde a empresa tem um armário com vários produtos que são utilizados pelos pacientes da unidade hospitalar. O armário foi lacrado e o hospital será multado por comprar produtos em empresa sem a autorização de funcionamento. "Eles são responsáveis pela saúde dos pacientes. Como podem comprar produtos de uma empresa que não é registrada?", questionou Bezerra.
O diretor do HTO, médico Osman Sérgio, disse que a direção vai primeiro tomar conhecimento das acusações para depois se pronunciar. Além de ter sido lacrada e ter os produtos apreendidos, a empresa Tecnotrauma será multada por funcionamento sem autorização do órgão competente, cujo valor vai de R$ 2 mil a R$ 2 milhões. O proprietário da empresa não quis se identificar e preferiu não falar sobre o assunto, alegando não ter conhecimento das acusações. "Prefiro não me pronunciar neste momento. Depois de me inteirar das acusações falarei sobre o assunto", disse.
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