quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

O povo brasileiro e suas raízes

Por Joseana Almeida
Jornalista

Existem pessoas para quem o povo é apenas um detalhe. Todavia, outras vislumbrando superioridade atiçam ódio e menosprezo, resgatando preconceitos. Contrários a esses, os pragmáticos expressam: país sem povo é país sem fronteiras, sem desigualdades sociais, sem identidade cultural, e soberania. Esse enunciado é a peça chave para refletirmos sobre o respeito ao outro (alteridade) através do povo brasileiro e suas raízes. E lembrarmos que o alicerce da nossa formação foi impulsionado por influências diversas, da união do índio com portugueses e negros. Essas raças foram protagonistas da miscigenação, povoaram o Brasil de uma gente mestiça, criando simultaneamente uma identidade nacional singular.

Mas, o maior desafio é mostrar que o Brasil não é um divisor de povos, e sim uma terra hospitaleira, uma mãe gentil que acolhe e respeita os povos de várias etnias. O exemplo maior foram os que aqui aportaram e fincaram raízes, contribuindo para a formação do povo brasileiro e a dinamicidade da cultura. Ser brasileiro num território de vasta extensão como o Brasil não é um paradoxo, apesar de ainda vivenciamos marcas de um ranço preconceituoso impregnado na sociedade desde nossas raízes. O curioso é que nem a evolução histórica e social conseguiu apagar os resquícios da intolerância, do racismo, da falta de respeito ao outro.

Ser brasileiro num país onde riquezas e desigualdades sociais se misturam implica unir raças sem preconceitos significa fortalecer a nação com valores, mostrando que o povo é o elemento vital da nação, a chama viva da realidade social. Realidade expressa na singularidade do que somos e na maneira como estabelecemos valores. O que faz a nossa diferença é a pluralidade cultural, é a originalidade com que cada região brasileira mostra sua cultura. É essa diversidade existente na sociedade que nos faz diferentes e um povo único no universo.

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