O jornalista Adilson Simas (foto) relembrou uma “contradição”, que marcou a extinção do Bando Anunciador em Feira de Santana, há 23 anos. Quando Dom Silvério Albuquerque, então bispo da cidade, determinou o fim da parte profana da fasta, o prefeito era José Falcão da Silva, apelidado pela população feirense como Zé Festinha. “Curiosamente Falcão se rendeu a insistência de Dom Silvério em acabar com a festa. Não houve resistência do poder público”, destacou Simas.Outra curiosidade. Na opinião de Simas a festa começou a ser minada em 1979, quando a Igreja determinou que a líder religiosa Mâe Socorro não participasse da procissão. “Foi uma verdadeira Guerra Santa. Mãe Socorro chamou todas as baianas dela e foi pra frente da Igreja”. No final, Mãe Socorro acabou participando e o presidente da festa renunciou.
Adilson Simas disse que a ideia de revitalizar o Bando Anunciador é “genial”, mas demonstrou estar preocupado com a ausência de platéia para o desfile. “Antigamente as pessoas levantavam as cinco da manhã para ver o Bando. As famílias moravam na rua Direita e ficavam na expectativa para assistir a festa e isso não temos mais hoje em dia”, afirmou.
Ele também defendeu que o desfile fosse iniciado em outro ponto da cidade e não no Cuca. “Poderíamos sair de um bairro e encerrar aqui”, sugeriu.
Fonte: Blog da Feira/Elsimar Pondé
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