Dias atrás em meio aos preparativos das festas de fim de ano, perguntei a um amigo onde ele iria passar a noite do reveillon. “Em casa dormindo. Será uma noite igual às outras”, respondeu. Esta resposta me fez refletir um pouco. Acredito que nenhuma noite é igual a outra. Nenhum segundo é igual ao outro. Numa pequena fração de tempo tudo pode acontecer.
Enquanto no Brasil dormimos comemorando número de empregos formais no país, acordamos calculando como vamos pagar o IPVA, IPTU, fardamento, material e matrícula escolar.
Enquanto milhares de pessoas comemoram o tradicional reveillon na praia de Copacabana no Rio de Janeiro, perto dali crianças são usadas para o tráfico de drogas.
Enquanto bebês nascem à meia noite do último dia do ano, mães choram em silêncio temendo não poder alimentá-los, vesti-los ou educá-los adequadamente.
Enquanto muitos oferecem presentes a Iemanjá ou rezam e agradecem a Deus por graças alcançadas, outros nem se lembram Dele.
Enquanto canais de televisão mostram a retrospectiva do ano que passou, nos questionamos atônitos o porquê das guerras ou de tantas tragédias naturais, com fortes chuvas e enchentes, cidades inteiras destruídas e milhares de morrendo.
Enquanto índices de popularidade de presidentes, jogadores de futebol e artistas são altamente divulgados pela mídia, comemorados por especialistas e explorados por políticos, milhares de pessoas sequer têm o que comer regularmente.
Enquanto sonhamos com calçados novos para as festas, centenas de pessoas sonham com o dia em que poderão colocar os pés no chão e voltar a andar.
Enquanto escrevo este texto todos estamos envelhecendo a cada fração de segundo e esta é a única realidade inabalável. Todas as outras só dependem de nós mesmos. E como diz Lulu Santos, “nada do que foi será do jeito que já foi um dia”.
Feliz segundo novo pra todos vocês!!
Zezé Esteves
Enquanto no Brasil dormimos comemorando número de empregos formais no país, acordamos calculando como vamos pagar o IPVA, IPTU, fardamento, material e matrícula escolar.
Enquanto milhares de pessoas comemoram o tradicional reveillon na praia de Copacabana no Rio de Janeiro, perto dali crianças são usadas para o tráfico de drogas.
Enquanto bebês nascem à meia noite do último dia do ano, mães choram em silêncio temendo não poder alimentá-los, vesti-los ou educá-los adequadamente.
Enquanto muitos oferecem presentes a Iemanjá ou rezam e agradecem a Deus por graças alcançadas, outros nem se lembram Dele.
Enquanto canais de televisão mostram a retrospectiva do ano que passou, nos questionamos atônitos o porquê das guerras ou de tantas tragédias naturais, com fortes chuvas e enchentes, cidades inteiras destruídas e milhares de morrendo.
Enquanto índices de popularidade de presidentes, jogadores de futebol e artistas são altamente divulgados pela mídia, comemorados por especialistas e explorados por políticos, milhares de pessoas sequer têm o que comer regularmente.
Enquanto sonhamos com calçados novos para as festas, centenas de pessoas sonham com o dia em que poderão colocar os pés no chão e voltar a andar.
Enquanto escrevo este texto todos estamos envelhecendo a cada fração de segundo e esta é a única realidade inabalável. Todas as outras só dependem de nós mesmos. E como diz Lulu Santos, “nada do que foi será do jeito que já foi um dia”.
Feliz segundo novo pra todos vocês!!
Zezé Esteves